Miriã de O. Fonseca

 Temos de um lado referências apolíneas que fazem menção ao equilíbrio, calmaria e razão, por esse motivo escolhi essa imagem da cachoeira na Serra do Cipó que presencialmente e na foto, me passa a sensação de equilíbrio. Me remete muito à visão Arcade, de ser, de pensar em se "refugiar" na natureza. No outro extremo, o estilo dionísiaco de ser, eu penso no Barroco, que prega a dualidade das coisas, a dúvida, incertezas e confusão. Vários elementos juntos que demonstram uma desorganização e um exagero mas que no final essa confusão é filosófica. Escolhi a uma imagem de uma das igrejas de Ouro Preto que expressa esse exagero de materiais. 

  No filme Paris, Texas, a trama é centrada em um mistério/ segredo de um dos personagens, toda a ambientação segue essa mesma ideia de obscuridade, mistério, utilizando comumente o contraste de cores escuras como o preto e vermelho e o jogo de luz e sombra que é muito usado em quase todas as cenas. Já no filme, The holy mountain a ambientação tem um papel diferente, ela serve como fundo neutro para destacar os símbolos quase que iconográficos. Ele tem muito uma estética artística que utiliza cores vibrantes, complementares para chamar a atenção para um ponto específico e o espaço é um mero painel mas que serve de estrutura fixa para a expressão do exagero desses símbolos.